Bons tempos quando se aproximava as eleições e os pré-candidatos que detinham mandato se esforçavam para fazer chegar no eleitorado os seus feitos, suas emendas aplicadas, seus projetos aprovados, fiscalizações que evitaram desperdício de dinheiro, enfim, faziam propaganda de sua atuação como prestação de contas.
Hoje, temos pouco além de um apontar de dedos.
A onda “Bolsonaro” ainda tem bastante força pelos rincões brasileiros, mas a sua intensidade está em declínio, por vários motivos; em primeiro, claro, a perda da reeleição, a inelegibilidade e, agora, a porta da cela aberta para recebê-lo.
Não se pode imaginar que quem está perdendo forças é a direita e extrema direita brasileira, é somente o bolsonarismo.
Com a fila comprida e com Bolsonaro com o pé na porta, fazendo “uni, duni, tê” para quem da sua família o substituirá, os muitos nomes de direita que querem ascender nos partidos e disputar a presidência, por enquanto fazem de forma discreta um distanciamento do clã Bolsonaro, e isso pode se acelerar com uma eventual prisão, mas de qualquer forma o processo já foi iniciado e tem limite para aumentar, final desse ano.
Em Mato Grosso, a exemplo do que ocorre em outros estados, os deputados federais e estaduais e senadores que se elegeram nas costas do Jair, sabem que estão em perigo nesta eleição.
Principalmente pelo que foi citado acima, que é o declínio da onda bolsonarista, mas pesa bastante o grande nada que tem a mostrar em seu trabalho no congresso, que, se seus grandes feitos fossem descritos trariam: “dia tal xinguei um petista graúdo”, “estacionei na vaga de um psolista”, “virei a cara e não cumprimentei um esquerdista e coloquei a culpa nele”, “por isso aqui, que não esmurro um comunista” e por aí em diante, sem esquecer do símbolo da dedicação máxima, “deixei as partes baixas de nosso mito ardendo de tanta manipulação”, nas milhares de postagens que fiz.
A gritaria dos eleitos na direita de que as chapas de seus partidos têm que ser formadas com sua avaliação é por esse motivo, vem gente mais forte, mais comprometida com causas que com pessoas, e surfam na “onda direitista” assistindo a “onda bolsonarista” perder volume e pode, (tem a possibilidade) de não chegar na praia com força para balançar um jet-ski, nas próximas eleições.
Todos sabem que número de seguidores não é a mesma coisa que número de eleitores.
Enfim, para eleitos, não eleitos e para quem pretende, cabe perfeitamente:
São duas as notícias; a boa é que “Tudo passa” e a má é que “Tudo passa”.