A prefeita Flavia Moretti decretou situação de calamidade pública por escassez no abastecimento de água potável em Várzea Grande.
Entre os motivos é citada seca prolongada, redução drástica na captação e necessidade urgente na manutenção e modernização das redes de abastecimento, que em boa parte são antigas e sobrecarregadas.
Cuiabá e Várzea Grande são abastecidas pelo mesmo rio, o Cuiabá, que do lado da capital não registrou seca prolongada e diminuição em nível que comprometa o abastecimento.
Mas a observação está correta em relação a precariedade do equipamento e redes, no entanto, é o mesmo equipamento e a mesma rede de distribuição que havia em 12 de fevereiro desse ano, quando a prefeita declarou situação de emergência e decretou calamidade pública em razão da mesma escassez no abastecimento de água na cidade.
Fora os problemas históricos do Departamento de Água e Esgoto (DAE), nem a sabotagem de fevereiro foi provada, como agora a seca de 2025 que é claramente menor que em períodos anteriores, foram determinantes para a falta de água nas torneiras.
Mas tem alguns fatos que podem ter contribuído para duas calamidades públicas em um espaço de 8 meses.
No início deste ano e do mandato a falta de experiência, demissão de funcionários conhecedores do Departamento de Água e Esgoto além da briga entre prefeita e vice que paralisou o município, com ameaça de renuncia do vice e empurra-empurra, tapas e xingamentos públicos entre os dois.
O decreto de agora, vem depois que a Câmara Municipal, denunciou a falta total de investimento no setor durante esse ano e que coincidiu com a sumiço do vice prefeito, a quem foi delegada a condução das políticas interna e externa no DAE.
Tião da Zaeli, tem se preocupado com seu gabinete de 17 servidores e sua campanha a presidente da Fecomércio e a deputado estadual no próximo ano.
Mas note a evolução; as promessas de solução para a falta de água em Várzea Grande que só eram lembradas a cada 4 anos, agora são renovadas por decreto a cada 8 meses.