CASTELO DE AREIA 2

Detento de Várzea Grande comandava “cabritagem” em Rosário

Na manhã desta quinta-feira, a polícia deflagrou a segunda fase da Operação Castelo de Areia para combater o tráfico de drogas em MT

Deflagrada na manhã desta quinta-feira (15) a segunda fase da Operação Castelo de Areia, com o cumprimento de 58 mandados de prisões preventivas e de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa identificada em Rosário Oeste e outros dois municípios da região. Os criminosos estão envolvidos em delitos graves, como homicídios e tráfico de drogas cometidos a fim de demarcar domínio de território de uma facção.

A investigação foi iniciada em outubro do ano passado, pela Delegacia de Rosário Oeste, para chegar aos integrantes da organização e coibir a prática de outros eventuais crimes, incluindo os constantes homicídios decorrentes de “decretamentos” identificou 33 criminosos estruturados no grupo. Deles, quatro foram a óbito em desentendimento entre eles próprios. Os 29 alvos da segunda fase da Castelo de Areia foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, tráfico e associação para o tráfico e denunciados pelo Ministério Público Estadual. A Justiça também decretou o bloqueio de contas deles.

Responsável pela investigação, o delegado de Rosário Oeste, Antenor Pimentel, destaca que o grupo tinha como líder um criminoso que está preso na penitenciária de Várzea Grande. Contudo, mesmo recluso na unidade, ele mantinha o controle regional da facção, comandando o tráfico em Rosário Oeste, Nobres e Jangada, com outros crimes conexos a fim de manter o monopólio na venda de entorpecentes.

“A investigação apontou que para que um indivíduo pudesse vender droga na região de Rosário Oeste, Nobres e Jangada, era necessário ser irmão ou lojista, ambos pagando igualmente R$ 100 reais mensais à facção. É considerada ‘cabritagem’ comprar droga para revenda de fornecedor diverso do estipulado ou adulterar a qualidade e quantidade da droga, podendo ser ‘decretado’, ou seja, ser castigado”, explicou o delegado.

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