Operação deflagrada pela polícia federal na manhã de hoje, além de prisão de lobistas e assessores, advogados e empresários, coloca dois desembargadores na condição de “tornozelados”.
Tornozeleira em um desembargador não devia levar somente os atingidos ao sentimento de vergonha, mas todo o sistema.
Um dos princípios da lei é a exemplificação, dar o exemplo para que outros não repitam o ilícito. No caso fica pior.
Juízes não cumprem pena em celas. Nos raros casos de condenação em regime fechado, os outrora vigorosos surripiadores do dinheiro público ou de venda de sentença, passaram a apresentar problemas de saúde e o regime domiciliar foi determinado.
Existe Projeto de Lei esquecido no Congresso visando acabar com esse privilégio, que é a aposentadoria compulsória de magistrados. Mas não despertou o interesse dos muitos que respondem alguma bronca na justiça
Outro ponto é o valor recebido como salário, principalmente aos finais de ano, quando, sem ruborizar, juízes embolsam cifras estratosféricas. Mas, tudo dentro da lei.
O Congresso Nacional, começa a discutir propositura de proibição de super salários para funcionários públicos. Isso já foi tentado uma vez, quando se limitou o maior salário de um servidor público, incluído o presidente da república, ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Isso foi cumprido imediatamente com a criação de penduricalhos, chamados auxílios, que além de não diminuírem os salários das excelências ainda retirou a pagamento da previdência e impostos que são cobrados do trabalhador que sustenta os palácios do país.
Nem precisa ser de forma insistente, mas, quando será que vai ter algum político clamando por leis mais duras para magistrados?
Corre mané!