O secretário de Educação do Estado, Alan Porto, anda com as orelhas latejando.
Na sessão da Assembleia Legislativa, na tarde de hoje, deputados criticaram duramente o secretário, inclusive o presidente da casa, Eduardo Botelho.
A “queimação” se deu após a fala do deputado Sebastião Rezende criticando a extinção de uma escola estadual em uma comunidade de Poxóreu (250 km de Cuiabá).
A reclamação é que os deputados não são ouvidos quando levam sugestões a Seduc.
“Eles não conversam e nem escutam os deputados. Se ir lá, a gente não vale nada. O secretário simplesmente diz que já tem um planejamento. Nós que somos eleitos para propor políticas públicas não estamos valendo nada. Tem que entender que o governo é feito de uma junção. Essa é uma reclamação”, disse Botelho.
Se os glossários parlamentar e secretarial estiverem corretos, o problema reside nos significados.
“Ouvir, conversar e aceitar sugestão”, para os deputados significa fazer o que eles pediram.
Para o secretário, “ouvir, conversar e aceitar sugestão” são coisas distintas e é melhor mandar um “já tem um planejamento” que explicar o “não” para quem não quer saber do “porque”.