Político influencer é alguém que soube explorar as redes sociais, confrontando problemas e pessoas, cobrando resultados. Sem meias palavras e com postura de enfrentamento, seja de seguir o desenrolar de uma situação até o seu final, seja de invadir confraternizações para mostrar sua coragem em apontar o dedo para alguém.
Isso veste bem no parlamento e não no executivo, onde o que faz diferença não são frases de efeito, conversinha e xingamentos.
Com honestidade, retire nosso prefeito das redes sociais e olhe para o que foi executado nestes seis meses de governo.
As “grandes” ações que o prefeito esteve envolvido, eram problemas corriqueiros de secretarias, que não devem tomar o tempo de quem está planejando o futuro da cidade e viabilizando ações e obras em benefício de todos.
Enchentes, cabarés, moradores de rua, corridas de rua, atestados, são exemplos que mostram que quem tem que aparecer não é administração é o influencer. Pelo menos não dá para reclamar da inclusão, um secretariado “mudo” é difícil de se encontrar.
No último final de semana um evento sem autorização em espaço público foi impedido de ocorrer.
Quem falou? Não foi a secretária de Ordem Pública.
Falando e andando o prefeito ressuscitou Pablo Escobar, colocando os promotores do evento em situação ruim, com insinuação que fação criminosa comandava a arrecadação de sestas básica, ao dizer que a polícia identificou faccionados no evento. Quem foi preso? Quem estava lá que não podia estar? Algum mandado de prisão cumprido?
A exploração da fome não é feita só por bandidos, é feita por políticos também.
Se existem pessoas vulneráveis que dependem das sestas básicas arrecadadas nestes eventos, ninguém é mais responsável que o prefeito e sua política de assistência social.
Hoje pela manhã o prefeito se reuniu com influencers. Exibiu um “salve” que um cidadão presente levou no passado. Ao ser confrontado, resumiu tudo em uma frase, mostrando o quão desnecessário era remeter a Pablo Escobar, a presença de faccionados ou toda a confusão provocada pelo prefeito, “Retire as licenças”, disse. Precisava de mais?
Ao que parece é o que teremos, um chefe de mutirão resolvendo tarefas do dia a dia.
A cadeira de prefeito está vazia.