Duas clínicas clandestinas de tratamento de pessoas com transtornos mentais foram fechadas pela Polícia Civil, com apoio Ministério Público e da Vigilância Sanitária, em operação realizada nessa quarta-feira (10), em Campos de Júlio.
Uma mulher de 33 anos responsável pelos locais de tratamento foi autuada em flagrante pelos crimes de maus-tratos, exercício ilegal da medicina, expor a perigo integridade física e psíquica do idoso e ministrar drogas culposamente sem a necessidade do paciente.
A operação foi deflagrada após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária sobre as casas de tratamento que funcionavam de forma clandestina, na localidade conhecida como “Furnas”, zona rural de Campos de Júlio.
O local onde funcionavam as clínicas clandestinas foi identificado, sendo encontrado nas casas sete pacientes em situação de vulnerabilidade com condições precárias de atendimento, além da exploração de mão de obra e graves violações aos direitos humanos.
Os pacientes residiam nas clínicas que apresentavam condições insalubres, sem os requisitos mínimos para internação e tratamento de pessoas. Foi constatado que o estabelecimento não prestava atendimento médico satisfatório e não contava com equipe técnica multidisciplinar.
A responsável pelas clínicas foi conduzida à Delegacia de Campos de Júlio, onde após ser interrogada pelo delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners foi lavrado o flagrante. A ação de interdição dos espaços contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Campos de Júlio e as investigações dos fatos seguem por meio da Polícia Civil.
O município de Campos de Júlio forneceu suporte, por meio das secretarias de Assistência Social e CRAS, para direcionamentos das vítimas às famílias, sendo garantida a continuidade do atendimento de saúde mental na esfera ambulatorial.
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