Notou como é raro um caso em que o prefeito, que não esteja prestes a ser cassado, não ter maioria na Câmara de vereadores?
Que fenômeno seria esse que faz prefeitos com três vereadores eleitos em sua coligação, como é o caso de Várzea Grande, ter maioria em ampla base de apoio no minuto sequente que o TRE divulga o resulta do das eleições?
Em Cuiabá a Câmara de vereadores tem o apelido de Casa dos Horrores, mas não procede.
Está mais para “Pequenas Empresas e Grandes Negócios”, mas tem cara mesmo de “A Lojinha”.
Exemplo é a intenção declarada pelos vereadores reeleitos, em Cuiabá, de anular dois atos aprovados pela maioria recentemente.
O primeiro é a taxa de lixo. Pode parecer algo bom para os munícipes, mas é bom para os vereadores.
Essa taxa é resultante da lei federal 14.026/2020 e é uma imposição. Mesmo sendo anulada terá que se fazer uma nova lei com cobrança pelo serviço.
Outra é a aprovação de lei que garante empréstimo de 139 milhões a ser contratado pela prefeitura.
Mais uma vez o raciocínio imediato é concordar com a intenção de revogação já que essa administração está em seu final.
O empréstimo está suspenso pelo TCE e não poderá ser contratado por Emanuel, justamente pelo motivo de final de mandato.
Mas certamente a próxima administração precisará de dinheiro para o muito que os dois candidatos do segundo turno estão prometendo e a taxa sobre a coleta do lixo é obrigatória.
O pulo “dos gatos” é que em se tratando da necessidade do município, o próximo prefeito terá de negociar com a Câmara uma aprovação que hoje não é necessária.
Empresa de sucesso é assim, enxerga longe e age antecipadamente.