Um empresário em Cuiabá, do ramo hospitalar, relata um método interessante para estancar um prejuízo e passar para o lucro, se livrando inclusive do estresse causado pela vigilância e embate.
Diz ele que no início tomou todos os cuidados, valorizando cada despesa, por menor que fosse para manter contas em dia e orçamento no azul. Com isso se deparou com um dado preocupante, o sumiço lençóis, toalhas e de controles remotos de aparelhos de televisão e ar condicionado. Apertou o cerco e mesmo constrangendo alguns clientes e funcionários conseguiu minimizar estas perdas.
As despesas com esses itens foram controladas ao valor condizente. Mas o negocia ia mal. A perda de clientes era nítida e preocupante.
Objetivamente vamos ao ponto. Ele resolveu isso permitindo ser roubado. Passou a comprar sacos e sacos de controles remotos da China e a manter um montante maior que o necessário de lençóis e toalhas. Mas, claro, aumentou em 3% seus custos.
Os itens são repostos assim que “somem” sem qualquer pergunta e todas as justificativas são aceitas. Os clientes sempre que precisam voltam e a propaganda boca a boca fez o restante.
O fato aqui relatado tem a intenção de mostrar como estamos longe do que almejamos, idealizamos e até exigimos na política.
Retirando o fato de desejarmos algo que não temos a oferecer, dá para comemorar que os marcados com o slogam “rouba, mas faz” estão se tronando mais escassos, mas ainda não o suficiente para termos o grau de exigência de Julio Cezar o imperador romano, que exigiu de sua segunda esposa, Pompeia, que não só fosse honesta, mas também parecesse ser honesta.
E assim vamos vociferando contra mensalão, petrolão, vacinação, contratação, mansão, enganação, rachadão, com as bolsas cheias de controles remotos e camas das chácaras com lençóis e toalhas de outrem.
O nome do empresário foi oculto por dois motivos: Um, não tenho autorização.
Dois, estamos vivendo o início da piracema eleitoral para o ano que vem e não quero dar ideia para ninguém.