GOLPE FRACASSADO

Bolívia determina prisão preventiva contra três militares por ; detidos sobem para 21

Justiça ordenou seis meses de prisão para cada um; autoridades disseram que os três detidos depostos do Exército, da Marinha e da Força Aérea estão envolvidos no cerco com tropas e tanques

A justiça da Bolívia ordenou nesta sexta-feira (28) seis meses de prisão preventiva contra três militares que lideraram o golpe de Estado fracassado contra o presidente Luis Arce, entre eles o general Juan José Zúñiga, anunciou o procurador Cesar Siles. “Esta detenção preventiva que o juiz está dispondo sem dúvida vai estabelecer um precedente”, afirmou Siles, que atua como advogado do Estado. Os três militares ficarão detidos em uma prisão de segurança máxima enquanto avança a investigação pelo levante armado. As autoridades bolivianas já prenderam 21 pessoas, incluindo os três ex-comandantes das Forças Armadas, pelo golpe frustrado contra o presidente Luis Arce.  Há “um total de 21 pessoas presas no caso denominado golpe de Estado fracassado”, afirmou o ministro do Governo (Interior), Eduardo del Castillo, em coletiva de imprensa.

Segundo informações oficiais, os três comandantes depostos do Exército, da Marinha e da Força Aérea estão envolvidos no cerco com tropas e tanques à sede presidencial ocorrido na quarta-feira. À frente do plano estava, segundo o governo, o general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército, que foi preso no mesmo dia junto com o vice-almirante Juan Arnez, da Marinha, após a retirada das tropas rebeldes. Durante a rebelião militar, 14 civis foram feridos com projéteis disparados por soldados ao entrarem na praça onde fica o palácio presidencial. Vários dos atacados foram operados “cirurgicamente”, segundo o presidente Luis Arce. As autoridades continuam com investigações e operações para esclarecer a tentativa de golpe contra Arce, no poder desde o final de 2020. “Desde o início afirmamos que Juan José Zúñiga não agiu sozinho, todas essas pessoas, essas 21 pessoas, não agiram unilateralmente”, comentou o ministro Del Castillo.

Fonte: Jovem Pan

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