A assembleia Legislativa de Mato Grosso, dias há trás, suspendeu por três dias consecutivos o expediente no período vespertino, motivo, o calor de 40°.
Quero, inicialmente, isentar de responsabilidade por essa decisão o funcionário da Assembleia. Não houve manifestação, reivindicação ou ação por parte do funcionalismo para que tal atitude fosse tomada.
O motivo apresentado foi a idade do aparelho de ar condicionado central que poderia quebrar, caso fosse exigida a temperatura habitualmente usada, em dias tão quentes.
Sequer passou pela cabeça de algum iluminado, que a temperatura poderia ser, emergencialmente, alterada em alguns graus.
Lembrei-me de outra atitude tomada em nome da economia do erário.
No governo de Pedro Taques o executivo trabalhou praticamente todo o mandato, com somente meio expediente nas áreas não essenciais. Quem se utilizou dos serviços prestados pelo estado neste período não reclamou de demora, fila de espera, ou qualquer sinal de desagrado por parte da sociedade pagadora de impostos. No meu ponto de vista, ficou provado que não era necessário a contratação de pessoas para que trabalhassem por período integral.
Voltando a Assembleia Legislativa, sabemos que vários deputados são também empresários. Será que tomariam a mesma atitude em suas empresas?
Por mais bobo que possa parecer quero acrescentar neste texto, especialmente à mesa diretora da Assembleia Legislativa de nosso estado, algumas informações: Cuiabá é quente. Aqui registramos 40° com facilidade. Outros estados da federação apresentam clima mais ao gosto dos incomodados, e têm eleições tal qual aqui, é só uma questão de domicílio eleitoral.
Lembrem da campanha que os elegeu, quando, tanto os eleitos quanto seus funcionários venciam o calor com um largo sorriso e contentes não se importavam com o suor, deles e dos eleitores.
Mas é possível que eu esteja olhado para o lado errado da questão e por inocência esteja chamando a atenção de nossos nobres representantes, para algo distante de suas reais intenções.
Terei certeza disso se nos próximos dias, ou meses, o poder legislativo mato-grossense abrir processo de compra de um belo e potente ar condicionado, que possa manter o interior do prédio a baixo de zero por tempo indeterminado, e com outras qualidades que o tornem quase único e, portanto seu preço elevado estará totalmente justificado.
Será a criação do bobó treme-treme.