Na prática, a teoria é outra. Uma verdade que estamos provando.
Nosso país se moldou aos debates infindáveis sobre temas menores que servem justamente pra isso, serem discutidos, nunca solucionados, usados como cortina de fumaça para o olhar do eleitor não perceber que os problemas mais urgentes para eles, serão adiados infinitamente.
Em Cuiabá estamos assistindo a biruta (equipamento que indica a direção do vento) fazer as vezes da bússola que define a posição dos pontos cardeais a partir do Norte, para onde sempre está apontada.
Com ausência de projetos e objetivos claros para o futuro da cidade, a atual administração puxa da cartola um assunto por semana, as vezes dois, a depender do tempo que a mídia repercute, provocando uma discussão superficial, carregada de ideologia partidária, com objetivo instagramável.
Esta semana teve recorde, foram três os assuntos.
O chute na canela do governador com a conversa da regulação da saúde, e na sequência o recuo “Trumpini” dando razão ao governador e dizendo que era só provocação.
Depois, a comprovação que por aqui defendemos, acima de tudo, a liberdade de expressão, mas somente expressadas com palavras que estiverem no dicionário português, com exceção das que foram cantadas em coro em um 7 de setembro em Brasília.
E, por último, a continuação do enxovalhamento da educação municipal, iniciada na semana passada. Sendo que, por último, a solução para o atraso dos alunos – péssima colocação no ranking das capitais – foi tocado pela varinha mágica e a solução está no fim do aprendizado ciclado e, a partir de agora, os alunos sem nota mínima vão reprovar ao final de cada ano. Se for só isso, não é só o mertiolate que vai arder.
Com exemplo da Secretaria Estadual de Educação que conseguiu reverter um quadro parecido, que é aliada da administração municipal, mesmo assim, não foi sequer ventilada a intenção de copiar o que está dando certo. Ao final desse material tem trecho da entrevista com Alan Porto, Secretário Estadual de Educação, falando sobre o tema, na Rádio Jovem Pan.
Parafraseando um grande filósofo goiano, “Permanecerá no blá, blá, blá, quem nasceu para rãmi-rãmi”.