O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) justificou seu voto favorável ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2022, que incluiu a ampliação do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões e ainda avaliou como “covardia” a inclusão desse “fundão”. O deputado acrescentou que espera que a PL seja vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Além de Barbudo, cinco representantes de Mato Grosso votaram favoráveis à aprovação do projeto. São eles; Emanuelzinho (PTB), Leonardo Albuquerque (SD), Juarez Costa (MDB), Neri Geller (PP) e Valtenir Pereira (MDB). Única que foi contrária ao projeto foi a deputada Rosa Neide (PT).
Barbudo justificou que quando o projeto de lei foi apresentado, os deputados não tiveram condições de tirar esse “fundão” do texto. Ele ainda defende que o presidente vete a proposta para que a sociedade “veja quem é quem”.
“Se nós do PSL ou a base do governo votássemos contra pra derrubar o aumento do fundo partidário, nós estaríamos derrubando orçamento do governo. Eu não sei se eu tô sendo bem claro”, disse, ao justificar o voto favorável.
“Bolsonaro vetando volta para a Câmara. Aí nós vamos ver quem é quem nessa história. Eu tenho certeza que a sociedade mato-grossense sabe que eu sou contra eu fui eleito sem fundo partidário e digo que é uma cachorrada aumentar pra R$ 6 bilhões, principalmente diante duma pandemia, diante duma escassez de dinheiro. Eu acho injusto sou contra, e as pessoas estão me criticando porque eu votei sim. Eu votei sim ao orçamento e essa palhaçada desse aumento estava junto, e não tivemos condições de separá-lo”, explicou.
Durante entrevista, o deputado alfinetou – ainda que sem citar o nome – o colega de bancada também bolsonarista, José Medeiros (Podemos).
Medeiros não compareceu à polêmica sessão que aprovou o Orçamento de 2022 do Governo Federal.
“Bolsonaro vetando, ela volta para a Câmara e aí nós vamos votar nominalmente. Aí vocês vão ver que eu jamais votarei para aumentar o fundo partidário. Agora, é só ver quem anda abraçadinho com Bolsonaro e na hora, corre”, disparou.
Esta semana, Bolsonaro afirmou por meio das redes sociais, que pretende vetar o projeto, em “respeito ao povo brasileiro”.
“Defendemos, acima de tudo, a harmonia entre os poderes, bem a sua autonomia. É partindo deste princípio que jogamos, desde o início, dentro das quatro linhas da Constituição Federal. Dito isso, em respeito ao povo brasileiro, vetarei o aumento do fundão eleitoral”, disse ele no Twitter.
(RepórterMT)