Cansado de fazer buraco na água com as obras do BRT, o governo do estado resolveu encerrar o contrato com o consórcio de empresas organizado para tocar as obras, no início desse ano.
O resultado foi o mesmo que começasse a cavar outro buraco na água, no mesmo rio, só uns metros abaixo.
Trocando em miúdos, repactuou de forma parcelada o desgaste político que sofria pelos atrasos nas obras, traduzidos nas vozes de reclamação pelo atraso, que começavam a tomar vulto, vindas de uma população cansada dos contratempos e prejuízos causados com obras intermináveis desde 2013.
Vendo um longo caminho na justiça até uma decisão sobre a legalidade do rompimento de contrato sem multas, mesmo que lastreado nas cláusulas e acossado por reclamações, a solução, naquele momento, foi combinar com o consórcio o encerramento do contrato e uma nova licitação.
O motivo do aceite do distrato sem reclamações, foi que a nova licitação seria feita por trechos divididos por especialidades diferentes, com lotes distintos para drenagem, terraplanagem, asfaltamento etc.
Olha a mágica da falta de esperneio sendo revelada: as empresas que tocarão a nova licitação serão as mesmas que hoje compõe o consórcio, já que em Mato Grosso não há empresa capaz de tocar a obra sozinha e um número maior de empreiteiras do que as já envolvidas nas obras.
O trecho da Av. do CPA ainda está sendo executado pelo mesmo consórcio e apresentando os mesmos problemas de atrasos e defeitos na execução.
É difícil imaginar que quando os outros trechos tenham obras iniciadas, teremos tempo diferentes. O que não deu certo em conjunto irá dar certo de forma separada?
É invejável a fé de quem acredita que sim.
Para fazer campanha eleitoral, jatinhos serão utilizados.
O BRT também será usado, mas pela oposição.