Com vários mandatos no currículo, dono de uma carreira política vitoriosa, exercendo seu segundo mandato de senador, Jayme Campos pode pendurar as chuteiras em breve.
Há pouco tempo atrás Jayme ao fazer propaganda de si mesmo como candidato ao governo do estado, na sucessão de Mauro Mendes, não deixou sua imensa modéstia atrapalhar sua fala.
“Eu estou em todas as paradas de sucesso. Ai daqueles que acham que eu estou excluído. Não vivo na garupa de ninguém e sou diferenciado. Fui muito bem votado e talvez o político mais inteligente de Mato Grosso seja Jayme Campos. Tenho certeza que se eu pleitear um cargo em Mato Grosso, sai da frente que eu estou chegando”, disse no mesmo tom que falou de uma certa paca, que provou, mais tarde, não estar morta e não ter sido deglutida por ninguém.
Era encenação, com pano de fundo a escolha entre Fábio Garcia e Eduardo Botelho dentro do União Brasil.
Com a derrota de Kalil em Várzea Grande e Botelho em Cuiabá, o espaço para candidatura de Jayme ao governo, que já não tinha o perfil de “galinha morta” como ele gosta, criou dentes que não lhe sorriem.
Uma reeleição para senado fica difícil em 2026, pela quantidade de bons nomes em condições de vitória, com possibilidade de Michele Bolsonaro, Mauro Mendes, José Medeiros e outros.
Jayme já desistiu de candidatura ao senado em 2014, quando disputava reeleição, por ver a possiblidade de derrota para Pedro Taques, que se elegeu.
O caminho mais provável é anuncio de aposentadoria.
Quem sabe faça, em Várzea Grande, girau de espera para a paca que lhe fez de bobo.