Duas notícias desse final de semana chocaram quem assistiu os flagrantes gravados. Separadas, as notícias causam espanto e indignação; juntas, causam revolta.

A primeira é de agressão a uma mulher por dois homens no dia das mulheres, 8 de março, na saída de um restaurante no bairro Jardim das Américas, na capital.

Não bastasse a data, que deveria ser de homenagem a mulher, ainda se revelou que os agressores fazem parte de um grupo cristão chamado de Legendários de Cuiabá, “que busca a transformação de homens, família e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial. Devolvemos o herói para cada família, uma declaração que temos como Legendários é que somos homens inquebrantáveis diante do pecado, mas quebrantados diante de Deus”, segundo definição do próprio grupo. As agressões se deram porque um menino de 5 anos, filho da vítima, teria passado a mão no bumbum de uma menina de 3, filha de um dos agressores.

Para participar do grupo é necessário desembolsar de 999 a 1.490 reais. O que parece caro para não aprender nada.

Já em Lucas do Rio Verde, um homem foi conduzido à delegacia por ter sido filmado espancando seu cachorro, da raça Pastor Alemão, igualmente em via pública.

Moradores acionaram a Guarda Municipal da cidade e o agressor, do cachorro, foi levado à delegacia para ser responsabilizado pelo ato covarde.

Esclarecendo que, no caso de Lucas do Rio Verde, a detenção foi feita em flagrante.

Mesmo assim, a lei alcançando o agressor de seu cachorro e uma mulher que foi espancada no dia internacional da mulher ter que procurar seus direitos a posteriori, causa incômodo.

E nem era dia do cachorro.