Como em política não existem espaços vazios, o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, o conselheiro Sérgio Ricardo, vem ocupando uma função que já é paga pelo contribuinte para que outros façam. No caso os 24 deputados estaduais e a fiscalização do cronograma dos prazos nas obras tocadas pela SINFRA estadual.
Após dois consórcios desfeitos, que tiveram seus contratos encerrados por não cumprimento de prazo das obras, o Consorcio VLT e o Consórcio BRT, sem que nenhum deputado acompanhasse as execuções, com visitas in loco.
No caso do BRT é mais inexplicável a falta de fiscalização, pois as obras acontecem no caminho dos deputados para a Assembleia Legislativa.
Sérgio Ricardo, que já foi destacado deputado estadual na era Riva, consegue com as “fiscalizações” nenhum efeito prático para as obras, mas chama atenção para o trabalho que não está sendo feito por quem deveria.
Ricardo quase se transforma no “rei do pitaco” ao errar a mão em suas” fiscalizações”; no morro do Portão do Inferno, onde levou uma caravana com direito a discussão com engenheiro da obra em frente às câmeras da imprensa, levada ao local por ele quando os deslizamentos ocorreram.
Mesmo caso na caravana às obras da ferrovia e o exagero de inserções na mídia, com textos que em resumo diziam que em comparação com Sérgio Ricardo, nem Vicente Vuolo não fez tanto em prol do modal, e que tudo ali dependia da intervenção do atual presidente do Tribunal de Contas.
Parece ter acertado o tom com visita individual. Com textos mais curtos, menos inflamados e bem mais modestos, colocando Sérgio como alguém preocupado com o andar das obras e aplicação do dinheiro público.
Sentindo que acertou na fiscalização solitária na Avenida do CPA, voltou ao Portão do inferno e prometeu retorno a cada 15 dias.
O resultado prático das “fiscalizações” é atrapalhar o serviço de quem tem prazo para cumprir e tem que interromper seus afazeres para conversar sobre a “morte da bezerra”, até que ele tire fotos apontando o dedo para algum lugar a esmo, dando impressão que está dando alguma ordem, sobre algo que todos sabem que, nem ele, nem o funcionário, nem o fotógrafo, sabem o que é.
Mas o resultado político positivo que ele colhe é o mesmo que o eleitor deve cobrar de quem deveria fiscalizar, mas está mais interessado em cor de camiseta fake da seleção brasileira de futebol e se alguém ousou falar algo não agradável sobre o agro.