Tradicional em Cuiabá, o peixe santo faz parte do calendário da população que consegue adquirir o pescado para consumir na sexta-feira santa por um preço mais acessível.

Porém o que poucos sabem qual de fato foi o motivo para que os cuiabanos ficassem sem esse benefício pelo segundo ano consecutivo. A decisão de não adesão feita pelo atual prefeito, Abílio Brunini, na verdade se deve a uma “birra”pessoal e também política de Brunini com o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro,

que apoia o Consórcio que possibilita que produtos da agricultura familiar produzidos na baixada cuiabana sejam vendidos aqui na capital

Quando assumiu a prefeitura, Abílio retirou a capital do Consórcio Vale do Rio Cuiabá.

Com isso, além do pescado, todo produto de origem animal provenientes de municípios vizinhos estão impossibilitados de serem comercializados na maior cidade de Mato Grosso.

Em entrevista à imprensa, o atual prefeito justificou que a decisão foi tomada devido ao alto custo do produto, a falta de infraestrutura adequada e a vigilância rigorosa em nível federal. “Eles colocam que tem que ter um tipo de licença diferenciada para poder fazer a venda de produtos de origem animal. Então corria o risco da gente montar um espaço para vender esse peixe e ele poderia não ser aprovado para ter o selo para poder fazer essa venda”.

Contudo, na cidade vizinha Várzea Grande, a tradição foi mantida e o projeto “VG Santo Peixe”, ofertou 15 toneladas de pescado, já que a prefeita Flávia Moretti renovou o contrato.

Em entrevista exclusiva ao site PHDNEWS o Superintendente Federal de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, Leny Rosa Filho, explicou as consequências dessa decisão tomada por Abílio. “Pequenos produtores dos municípios que fazem parte da baixada cuiabana serão muito prejudicados caso o município de Cuiabá não faça adesão e fique fora do SISBI-POA do MAPA”.