Ainda não está claro para os funcionários públicos municipais e para a população se o cancelamento do prolongamento de feriados se estende ao serviço público inteiro.
Para os servidores da educação municipal, sim, inclusive com cancelamento de folgas já marcadas.
Abilio, nunca foi o prefeito dos sonhos dos servidores municipais, mas não fez, nem faz questão de ser.
Mais que garantir os 200 dias aula/ano, a medida tem outro alvo, os pais dos alunos que se desdobram para contornar ausência, pois em seus trabalhos os feriadões não acontecem, e arranjar quem cuide até que eles cumpram suas obrigações laborais, nem sempre é tarefa fácil.
O contrato de trabalho dos professores e servidores da educação permite a atitude. O privilégio concedido, pelo tempo que é mantido, gestão após gestão, e já encarado como se fosse direito da categoria, não é.
Mas existe um nó.
Se Abilio for tratar o funcionalismo com igualdade em todas as categorias, terá que acabar com os feriados prolongados para todos.
Nem os serviços essenciais, como saúde e limpeza urbana, trabalham com equipes completas nessas datas.
O último a tratar o funcionalismo público com rigor de iniciativa privada em começo de mandato, chegou a dar feriado extra para a data comemorativa ao dia do servidor que tinha caído em um domingo, o ex-governador Pedro Taques, que nunca recuperou a simpatia da categoria.
Sabemos que não foi por esse quesito, simpatia, que Abilio se elegeu, mas em eleição, a mais importante é sempre a próxima e para isso veremos quem tem mais força no convencimento dos que vivem ao seu redor, os funcionários contrariados ou os pais de alunos satisfeitos.
A sirene para o fim da “lua de mel” está próxima, por hora segue o recreio.