Por falta de confiança em assessores, por duvidar da competência deles ou ainda, por entender que ninguém enfrenta as questões como ele próprio, Abilio, possivelmente, já foi mais vezes a Câmara de Cuiabá em um mês que o prefeito Emanuel Pinheiro em todo este ano prestes a terminar.
A questão de agora é o bate boca com o vereador Jeferson Siqueira, o pastor Jeferson (PSD), onde Abilio acusa Eduardo Botelho e o ministro Carlos Fávaro de interferência na eleição na mesa diretora da Câmara de Cuiabá para fortalecer uma oposição contra seu futuro governo.
Abilio, há poucos dias disse que não iria interferir na eleição da mesa, agora revelou que sua presença no parlamento era justamente para isso e como quem não quer nada, falou de uma preferência pela irmã de um de seus grandes apoiadores na eleição para prefeito, deputado Faissal Calil, a vereadora Paula Calil, para presidir a casa.
Não se tem notícia de visita de Eduardo Botelho ou Carlos Favaro a Câmara de Cuiabá.
Esse é o ponto.
Abilio não tem e ou, não quer interlocutores.
Na política entende-se que a necessidade da presença física de uma autoridade em determinado local se dá em razão da importância do protocolo ou do problema, a ausência também.
Qual era mesmo a notoriedade ou a chance de o vereador Jeferson Siqueira ser citado em toda a imprensa cuiabana, até a discussão pública com Abílio hoje?
Não se pode ignorar que 147 mil cuiabanos não concordaram com a eleição de Abílio e seu caminho político para chegar aqui foi impulsionado por oposição a Emanuel Pinheiro, que nunca bateu boca com ele em público, mas respondeu por tempos as suas provocações.
Cair em armadilhas faz parte do jogo político, menos naquelas que a pessoa já armou para outros.
*Xeque-mate pastor é o mais rápido e o mais simples do xadrez, pode ser feito em quatro jogadas e jogadores experientes nunca caem.