Em política já é conhecida a tática de criar dificuldades para vender facilidade, mas o prefeito de Cuiabá vem fazendo história em um novo método; criar crises para encobrir as que ele não consegue resolver ou explicar.
Assim foi com a categoria dos médicos e profissionais da saúde, quando jogou a população contra a categoria, disse, desdisse e pediu desculpa por qualquer mal-entendido. Depois só deu um reforço com uma auto fiscalização sem resolução, e pronto, seus seguidores acreditaram que ele está fazendo muito mais que o Nenéu.
Agora foi a vez da educação. Não se pode negar que o método exige empenho.
Abilio passou da noite de ontem até a manhã de hoje, dizendo e desdizendo, pedindo desculpas e jogando pais contra profissionais da educação por conta do calendário escolar aprovado por ele.
O primeiro vídeo é sempre baseado em “não vou aceitar”. Desta vez, foi a data de amanhã, quinta-feira santa, que algumas escolas decidiram por não ter aulas. O xerifão entrou em cena prometendo pôr ordem e reafirmando que o comando é seu.
No segundo vídeo, vem o já tradicional “estou de mãos amarradas”. Quando ele fala da impossibilidade de mudar segundo a sua vontade.
E no terceiro e último vídeo é do “bonzinho”, onde ele reparte a culpa com várias pessoas e entidades, pede desculpas por algo que tenha causado, pois não era sua intenção e, nesse caso, apela para a necessidade do povo e joga a população novamente contra profissionais do ensino, na mesma fala em que pede desculpas por, se acaso, alguém se sentiu ofendido, e parte para o fechamento falando de uma luta árdua que ele travará em prol dos pais, TMJ e “’vamo’ pra cima”.
Mas, porque isso agora, durante o momento que o secretário de educação, Amauri Monge, recém nomeado, foi exonerado para uma viagem programada?
Talvez a viagem seja tão programada quanto a troca de comando da Secretaria Municipal de Educação, quando Abilio afirmou que estava acertada a troca de secretários em três meses.
Dizem que também para monge, tudo tem limite.
Não dá pra negar que em Cuiabá, os ‘templos’ são outros.