CONVECIMENTO

A disputa da disputa

Os dois principais pré-candidatos ao governo do estado nas próximas eleições vivem momentos diferentes, mas não menos problemáticos.

Wellington Fagundes tem a luta de convencer o grupo do seu partido (PL) a “abraçar” seu nome como candidato.

Não está sendo tarefa fácil, principalmente porque em Mato Grosso o bolsonarismo é maior que a direita e Wellington é candidato do “dono” do partido, Valdemar da Costa Neto e não de Bolsonaro, que abriu mão de indicar um nome para disputa ao governo, se limitando, até agora, a mandar recados, sobre nomes para o senado.

É nítida a dificuldade. Wellington passa a maior parte do tempo cobrando apoio de prefeitos e desmentido boatos sobre a Samantha Iris, esposa do prefeito de Cuiabá, ser vice do Otaviano Pivetta.

Abilio Brunini, após declarações em nome do partido, foi enquadrado. Agora fala em seguir as decisões do seu partido, mas mantém um “namoro” desavergonhado, à vista de todos, com Otaviano.

Enquanto Abilio desfila com Otaviano pela cidade, Wellington canta “Fuscão Preto” e visita Abilio em seu gabinete nos dias seguintes.

Já Otaviano tem um problema inverso, mas não menos grave.

Amplamente pacificado que ele é o candidato de continuidade do governo de Mauro e deste grupo, excetuando os Campos. O problema está no eleitor que vê no governo de Mauro um jeito tão pessoal, que não cabe a cara de Otaviano e que o substituto tem que ser de alguém de direita, não necessariamente Pivetta.

Por mais que venha substituindo o govenador em compromissos oficiais e extraoficiais, transparecendo ter decisões compartilhadas com Mauro, quando canta “Esse Cara Sou Eu”, se derretendo para o eleitor, a imagem que aparece na mente popular é a do Roberto e não do Erasmo.

E pela longa estrada da eleição, devagar por já que tivemos pressa, vamos assistindo as eliminações e paredões, esperando para ver quem disputara o festival, que só acontece daqui há um ano.

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