Vereadores cuiabanos desconhecem a razão de existirem. Isso se mostrou nos gestos e palavras de pelo menos dois vereadores durante a sessão que votaria a retirada de 1/3 de férias sobre quinze dias dos professores da rede municipal.
Para acompanhar a votação e fazer legítima pressão para que fosse derrubada no voto a intenção do prefeito, as galerias da Câmara de Cuiabá ficaram lotadas de servidores que protestavam contra a medida.
Em dado momento os manifestantes foram reprendidos por dois vereadores, Michelly Alencar e o Tenente Coronel Dias, que se irritaram com quem defendia seus direitos conquistados a duras penas.
A Câmara Municipal é a Casa do Povo antes de ser dos vereadores, a existência de seus cargos tem justamente a função de representação popular.
Mas o que dizer de uma legislatura que apoia o fechamento de unidades de acolhimento de mulheres vítimas de violência pelo prefeito e em seguia aprova um Dia Municipal de Luta Contra o Feminicídio?
A violência doméstica pode se dizer que é um feminicídio a caminho, mas foi tratado como desnecessária a ajuda para que mulheres se mantenham afastadas de seus agressores, ao mesmo tempo em que dão sua “valorosa” contribuição com a luta de proteger mulheres com um Dia Municipal Contra o Feminicídio, proposto pelo líder do prefeito, vereador Dilemário Alencar.
Isso aconteceu agora, em uma legislatura que entrou para a história por eleger 8 mulheres e ser entregue a elas o comando da mesa diretora da Casa e que não se manifestou contra a atitude do prefeito de reduzir a proteção a mulheres agredidas.
A Câmara custa aos cuiabanos 103 milhões de reais ao ano e a presidente Paula Calil, vai pedir mais dinheiro ao executivo.
Ela quer suplementação orçamentária para modernizar os computadores, reformar o prédio e fala em construção de uma nova sede, “Não queremos luxo, é o básico para trabalharmos bem”, disse.
Sabe a conversa que o aumento no número de vereadores de 25 para 27, não custaria mais ao cofre público porque o orçamento da Câmara já tinha valor determinado? Pois então, isso também foi alegado como motivo.
Até horrores ficam mais caros.