Uma pesquisa, realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), aponta que 65% das lojas já contrataram pessoas com idade acima de 50. E, inclusive, são muito bem avaliados no mercado de trabalho, vistos como pessoas esforçadas; 85% dos empregadores afirmam que pretendem continuar contratando a faixa etária.
Para Amilton Aristeu, agricultor de 77 anos, a energia e disposição ainda reverberam em seu corpo e não pensa em parar.
“Nunca parei e nem me imagino parar de trabalhar. Me sinto com o mesmo pique dos 40 anos”, disse.
Por outro lado, Lúcia Maria Mesquita, de 68 anos, trabalha por precisar de um dinheiro a mais do que recebe da aposentadoria, mas ainda é apaixonada por trabalhar como OPEC.
“Trabalho pela necessidade financeira, mas também porque gosto, é a profissão que escolhi há 49 anos”.
A única dificuldade que Mesquita encontra em estar neste meio é lidar com novas tecnologias, o que é comum, já que, de acordo com a pesquisa, 27% dos entrevistados afirmam o mesmo.
Mas a prática não é livre de preconceito, no caso etarismo. Lúcia desabafa que trabalhou 16 anos no mesmo emprego, onde foi repentinamente despedida, e um colega de trabalho havia avisado que aquilo aconteceria por conta da sua idade. Logo foi substituída por alguém mais jovem.
O etarismo é uma discriminação com base na idade, se manifesta em diversas formas, incluindo atitudes negativas, estereótipos, discriminação no local de trabalho e exclusão social.