USO DE ENTORPECENTES

Procurador da ALMT é preso por ameaçar adolescente de 16 anos

O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Benedito César Corrêa Carvalho, de 54 anos, foi preso na madrugada deste sábado (10) acusado de sequestro, cárcere privado, exploração sexual de uma adolescente de 16 anos, ameaça e uso de drogas. O caso, classificado como “grave” pela Procuradoria-Geral da ALMT, já havia levado ao afastamento preventivo do servidor, que respondia a um processo administrativo disciplinar em fase final.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após denúncias de que um homem estaria armado e mantendo uma mulher em cárcere privado em um apartamento residencial. Testemunhas relataram ouvir gritos de socorro, o que motivou o arrombamento da porta pelas equipes das unidades Bravo e Araés.

No local, os policiais encontraram o procurador e a adolescente, que estava trancada no banheiro. A vítima afirmou ter sido contratada por Carvalho para um “programa sexual” por meio de um site que ela administrava. Segundo seu depoimento, o suspeito, após usar cocaína, ameaçou-a com um revólver prata e a impediu de sair.

Durante a busca, a polícia encontrou resíduos de cocaína e uma faca Tramontina no guarda-roupa, mas a arma de fogo não foi localizada.

Em uma reviravolta, o próprio suspeito ligou para o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) alegando ser vítima de um assalto com arma longa – no mesmo momento em que as equipes policiais aguardavam a chegada de sua mãe ao local. A estratégia, no entanto, foi desmascarada.

A Procuradoria-Geral da ALMT, presidida pelo deputado Max Russi (PSB), emitiu nota afirmando que Carvalho já estava afastado preventivamente e que o caso será tratado com “rigor”. O procurador foi levado ao Plantão de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica, Familiar e Sexual de Cuiabá para registro da ocorrência e medidas legais.

A adolescente foi encaminhada para atendimento psicossocial. O caso deve ser investigado também pelo Ministério Público e pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e Adolescente (DEDCA).

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