MOTIVO FÚTIL

Procurador afastado é indiciado por matar morador em situação de rua com tiro

O ex-procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, foi indiciado pela Polícia Civil por ter matado o morador em situação de rua, Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, por jogar pedras no carro dele. A vítima foi morta a tiros no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, no dia 9 deste mês.

Luiz vai responder pelo crime de homicídio doloso qualificado, com agravantes de motivo fútil, traição, emboscada e por meio que dificultou a defesa da vítima. Ele teve a prisão decretada e vai permanecer em uma sala de Estado-Maior. A sala de Estado-Maior é uma dependência em unidades militares destinada a oficiais, e também um direito previsto no Estatuto da Advocacia. O caso vai seguir em segredo de justiça.

Em portarias publicadas na sexta-feira (11), no Diário Oficial Eletrônico, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) afastou de suas funções o servidor Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva, lotado na Procuradoria-Geral da instituição, e instaurou processo administrativo disciplinar em face do mesmo.

O afastamento preventivo do servidor pelo prazo de 60 dias se faz necessário em razão da abertura de processo administrativo disciplinar, para que o investigado não atrapalhe a apuração dos fatos apontados no processo. O afastamento pode ser prorrogado por igual período.

O crime

A vítima estava nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) quando foi abordada pelo suspeito, que chegou em uma Land Rover e já havia perguntado sobre ele para populares. Ao avistar a vítima, o suspeito baixou o vidro e efetuou disparos contra o homem, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

O procurador entregou arma e carro à polícia. O crime teria sido motivado pelo fato de a vítima ter danificado o carro do investigado em um estabelecimento, enquanto ele estava jantando com a família. Antes de cometer o crime, Luiz deixou a esposa e os filhos em casa.

Ney já era conhecido na região por causar alguns transtornos, além de matar alguns animais na região. O procurador deverá responder pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e cometido por meio de emboscada.

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