O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, conversou com representantes do comércio ambulante no Palácio Alencastro,  para esclarecer pontos sobre o cumprimento da legislação municipal que regulamenta o uso das calçadas na capital. Com a nova regulamentação, o espaço não poderá ser usado. O encontro marcou o início de um diálogo direto entre o Executivo municipal e os trabalhadores informais, que apresentaram suas reivindicações quanto à viabilidade de um espaço na região central para o exercício de suas atividades.

Durante a reunião, o prefeito destacou que existem três alternativas concretas para os ambulantes, deixando claro que permanecer nas calçadas não é uma opção viável. A primeira alternativa é a busca por um novo local para instalação dos trabalhadores, desde que haja consenso entre todos os envolvidos.

“Não adianta eu indicar um espaço para 30 pessoas se 90 vão rejeitar. Sem consenso, não tem lugar”, frisou Brunini.

A segunda opção apresentada é a ocupação de espaços já disponíveis, como o Shopping Orla. Nesse caso, a realocação exige regularização da atividade, incluindo a venda de produtos legalizados. A terceira alternativa é aproveitar as vagas de emprego oferecidas por lojistas do centro, que disponibilizaram cerca de 300 oportunidades, com o apoio das entidades do setor produtivo.

De acordo com o prefeito, a única alternativa inexistente é continuar ocupando o passeio público. Ainda durante o diálogo, Brunini enfatizou a necessidade de legalização e respeito à legislação municipal, reforçando sua disposição para ouvir outras ideias.

“Isso não será permitido. A calçada precisa cumprir sua função de circulação segura e acessível para todos. Se vocês tiverem uma quarta alternativa, tragam. Vamos ouvir. Precisamos que seja legal, segura e consensual”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Camelôs, Augusto Ferreira da Silva, afirmou que essa foi a primeira vez que representantes dos ambulantes de Cuiabá foram recebidos oficialmente.

“Foi 100%. O prefeito nos atendeu, ouviu, e estamos contentes. Vamos aguardar a resposta com esperança de avançar”, disse.

Wilson Oliveira, secretário do sindicato, também destacou a importância do diálogo:

“É a primeira vez que somos recebidos assim. O prefeito explicou seu ponto de vista, ouvimos e apresentamos nossas propostas. Ainda não chegamos a um consenso, mas acreditamos que mais uma ou duas reuniões podem resolver.”

Jean Bertho, representante dos ambulantes haitianos, também participou da reunião e defendeu a continuidade do diálogo, até que sejam encontradas alternativas viáveis para os imigrantes que atuam no comércio informal.