A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda investiga se o assassinato de sangue frio da adolescente grávida Emelly Beatriz Azevedo Sena, que teve o bebê brutalmente retirado de seu ventre em uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, realmente não contou com a participação de três homens liberados nesta quinta-feira (13) por falta de provas que justificassem o flagrante.

Entre os suspeitos está Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, marido da assassina confessa Nataly Hellen Martins Pereira, de 25 anos, além do irmão dela e um amigo. O trio negou qualquer envolvimento e afirmou não ter conhecimento do crime.

“Na hora do flagrante, temos que nos ater às provas técnicas e objetivas. A pessoa que conseguimos identificar é só ela [Nataly]. Isso não está dizendo que essas pessoas que foram liberadas não serão responsabilizadas”, esclareceu.

À polícia, Cebalho – que chegou a publicar um vídeo do bebê de Emelly nas redes sociais, comemorando a chegada da suposta filha – afirmou não saber que Nataly não estava grávida. Essa versão será investigada pelo DHPP, conforme informado pelo delegado Caio Albuquerque.

“Vamos esclarecer se ele tinha o conhecimento se ela estava ou não grávida, e se ele também tem algum tipo de envolvimento. […] O marido foi procurado e avisado por terceiro de que a mulher havia dado à luz, segundo ele, acreditando naquela gestação. Ainda vamos verificar se a versão desse marido procede”, afirmou.

O delegado esclareceu que as investigações seguem em andamento e todas as informações e versões dadas pelo trio estão sendo checadas “para ver se há participação de quem quer que seja, tanto na execução quanto em qualquer outro crime”.

“É um crime que não é fácil de fazer sozinha, mas também não é impossível de se fazer. O flagrante se ateve àqueles que estavam naquela casa naquele momento e quem nós tínhamos era a autuada [Nataly]. Qualquer outro pode ter colaboração”, explicou.