FICOU EMOCIONADA

Mulher de PM nega ter matado personal trainer a tiros dentro de carro

raylton

A farmacêutica Aline Valandro Kounz negou ter participado do assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, de 33 anos, e afirmou que o crime foi cometido pelo marido, o soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão. Em interrogatório na manhã desta terça-feira (23), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Aline chorou ao relatar os fatos.

O policial militar já havia confessado à Polícia Civil que efetuou os disparos contra a vítima, no dia 11 de setembro, em Várzea Grande (MT). Rozeli foi atingida dentro do carro, após ser seguida por Mourão, que estava na garupa de uma motocicleta.

O juiz Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, decidiu manter a prisão temporária do acusado, determinando ainda a regularização da prisão junto ao Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e solicitando cópia do exame de corpo de delito. O magistrado também ordenou encaminhamento médico, já que o policial relatou sofrer de síndrome do pânico e depressão, com tratamento psiquiátrico em andamento.

Durante buscas realizadas pela polícia, foram apreendidos na casa do casal um capacete semelhante ao usado no crime e outros objetos de interesse da investigação. O sistema de gravação de imagens do imóvel havia sido removido, dificultando a análise da movimentação no local.

Aline, que inicialmente não foi localizada durante o cumprimento dos mandados, teria sido alertada sobre a operação policial enquanto estava no trabalho.

Em depoimento, Raylton afirmou que não teria cometido o assassinato caso tivesse conversado com a esposa antes. Segundo o delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação, o militar se arrependeu da forma como agiu: “Ele teria ligado para ela e falado: ‘amor, eu fiz uma besteira na minha vida, confie em mim, sai daí agora, porque eu não sei o que está acontecendo’. Ela só obedeceu e saiu da residência quando se encontrou com ele e viu o que ele tinha feito. Ele conta que se tivesse conversado com a esposa antes, talvez ele não teria feito isso, que foi uma besteira não ter conversado com a esposa, que ela não deixaria ele fazer isso, seria até coisa de separação, porque, em tese, ela não aceitaria uma situação dessa”, afirmou o delegado.

O caso continua sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca esclarecer a motivação do crime e a possível participação de terceiros.

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