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Investigados por fraudar exames laboratoriais estão proibidos de firmar novos contratos

A Polícia Civil de Mato Grosso identificou como sendo Igor Phelipe Gardes Ferraz, William de Lima e Bruno Cordeiro Rabelo os alvos da operação Contraprova, deflagrada nesta sexta-feira (15). Eles são sócios de uma rede de laboratórios em Mato Grosso, envolvida em fraudes e falsificações de exames laboratoriais. A justiça proibiu os investigados de firmarem novos contratos com entes do governo federal, estadual e municipal.

A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, e também para clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico, além de atender pacientes particulares.

As investigações começaram em abril deste ano, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá de que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório estaria falsificando os resultados de exames. Na ocasião, a unidade foi interditada, e o investigado chegou a ser preso em flagrante delito.

O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades nos municípios de Cuiabá, Sinop e Sorriso.

Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Igor foi preso preventivamente nesta sexta-feira.

A Prefeitura de Cuiabá informou que todos os contratos com a referida empresa, firmados na gestão passada, passam por reanálise para verificação da legalidade e eficiência.

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