A fonoaudióloga Ana Paula Abreu, de 33 anos, natural de Brasília (DF), foi morta dentro de casa com pelo menos 20 golpes de faca pelo companheiro, na cidade de Sinop, após um desentendimento sobre religião. Lucas França foi preso e a Defensoria Pública pediu um exame de insanidade mental.
O crime aconteceu no domingo (24). A vítima apresentava múltiplas perfurações na região do pescoço, abdômen e tronco. A casa onde aconteceu o crime ficou manchada de sangue em diversos cômodos, apontando que a mulher foi arrastada durante o ataque. Ele também encaminhou fotos para o irmão dele, que mora em Brasília, e confessou o feminicídio. As imagens também foram encaminhadas para a cunhada dele.
“E aí, depois da prática do crime, depois de várias horas, ele tirou fotos da vítima já sem vida e encaminhou para os familiares, que foi quando, então, teve esse conhecimento da prática do crime, que até então são duas casas vizinhas, e em nenhuma das duas casas tinham pessoas. Ele teve a sorte, nesse sentido, de as casas estarem vazias, porque um crime brutal como esse, com mais de 20 facadas, o certo é que ela gritasse e implorasse por socorro”, disse a delegada Renata Evangelista.
Em depoimento, Lucas afirmou que, no dia anterior, teve um desentendimento com a companheira com relação a seguimentos religiosos dos quais Ana Paula não concordava.
“Durante o interrogatório, ele trouxe algumas informações, outras ele preferiu não repassá-las e a fala dele é de que ele estava estudando a escatologia, fazia o estudo da escatologia e aí indaguei para ele o que seria isso, ele mencionou que é uma doutrina que estuda o fim dos tempos e que no dia anterior ele tinha tido uma discussão com a convivente dele, a esposa com quem ele estava de dezembro do ano passado até os dias, até ontem, e por conta de ela ser contra, ele está tão envolvido com esse tipo de doutrina. E aí eles tiveram uma discussão no dia anterior e a prática do crime se deu no dia seguinte, aí ele não conseguiu explicar, ele não quis explicar o porquê disso”, pontuou a autoridade policial.