Na última quinta-feira (20), completaram-se cinco anos desde o decreto de emergência da Prefeitura de Cuiabá devido à pandemia de COVID-19. O então prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), determinou a suspensão de toda a frota de transporte coletivo em Cuiabá, o fechamento do comércio e o trabalho remoto para todos os servidores, após a confirmação do primeiro caso de coronavírus na capital.
Em março daquele ano, o coronavírus já tinha ceifado a vida de 202 brasileiros e com 5.812 casos confirmados. Foram apenas 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março).
As medidas entraram em vigor no dia 23 de março e estavam previstas para encerrar em 5 de abril. No entanto, devido à forte onda de contágio do vírus, permaneceram em vigor até 2021, quando as atividades da população começaram a ser retomadas gradativamente.
O decreto tinha como objetivo preservar a integridade e a saúde da população cuiabana. A primeira vítima fatal da COVID-19 foi Nelson Antonio Ferraz, de 79 anos, que faleceu no dia 15 de abril de 2020, um dia após dar entrada no hospital. Nelson era técnico em telecomunicações aposentado e, na época, morava em uma chácara no Distrito do Coxipó do Ouro.
As vacinas chegaram no estado de Mato Grosso no dia 18 de janeiro de 2021, com um lote de 126 mil doses. A primeira vacina contra a covid-19 em Mato Grosso foi aplicada na técnica de enfermagem Luiza Batista Silva, que atuou na linha de frente do combate ao coronavírus. O ato ocorreu no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande no dia 19.
As marcas deixadas pela pandemia ainda são sentidas em Cuiabá e em todo o país. Cinco anos depois, a cidade segue em recuperação, com avanços na vacinação. O período foi de grandes desafios, mas também de aprendizado e resiliência para a população cuiabana.