Cerca de 16 mil pescadores artesanais de 22 colônias em Mato Grosso ainda não receberam o seguro-defeso, benefício pago durante o período da piracema, quando a pesca é proibida. No Estado, a piracema começou em 1º de outubro e segue até 31 de janeiro de 2026.
O seguro-defeso garante o pagamento de um salário mínimo aos pescadores cadastrados, porém, até o momento, nenhum beneficiário no Estado recebeu o recurso. Pescadores relatam dificuldades financeiras e afirmam que a falta do pagamento impacta diretamente a subsistência das famílias.
Em novembro, o Governo Federal publicou uma medida provisória que transferiu a gestão do benefício para o Ministério do Trabalho e Emprego, enquanto o pagamento segue sob responsabilidade do INSS. Segundo representantes do setor, o atraso pode estar relacionado ao processo de reanálise cadastral, que inclui reconhecimento facial e digital, além do início antecipado da piracema em Mato Grosso.
A expectativa das colônias é de que o atraso comprometa as despesas e as comemorações de fim de ano das famílias que dependem do benefício.

