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Brasil supera média global na vacinação contra HPV e avança na prevenção de doenças

BRASIL SUPERA MÉDIA GLOBAL NA VACINAÇÃO CONTRA HPV E AVANÇA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

O Brasil tem avançado significativamente na vacinação contra o HPV, superando a média global de cobertura. De acordo com dados recentes, o país alcançou mais de 75% de cobertura na primeira dose entre adolescentes. A marca coloca o Brasil à frente de muitas nações desenvolvidas no combate ao vírus. O HPV é responsável por diversos tipos de câncer, incluindo o de colo do útero. O avanço da vacinação representa um passo importante na prevenção e na saúde pública. 

 Segundo o Dr. Alexandre Silva e Silva, médico ginecologista com foco de atuação em oncoginecologia, o HPV é responsável por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, uma das principais causas de morte por câncer ginecológico no Brasil.

“A vacinação é, portanto, uma ferramenta fundamental de prevenção primária, reduzindo drasticamente a incidência dessas doenças e protegendo milhares de mulheres e homens no futuro. Países que já têm programas de vacinação há mais tempo, como a Austrália, registraram queda expressiva nas taxas de lesões pré-cancerígenas e câncer de colo do útero”, disse.

Também explica a idade recomendada a vacinar e se prevenir contra a doença.

“O Programa Nacional de Imunizações do Brasil recomenda a aplicação da vacina contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos, faixa etária em que a resposta imunológica é mais eficaz.
A aplicação precoce é tão importante porque a vacina funciona melhor antes do início da vida sexual, momento em que ainda não houve contato com o vírus. Quanto mais cedo a proteção é oferecida, maior a chance de impedir a infecção e suas complicações futuras”, afirmou. 

O Dr. Alexandre destaca que é de extrema importância fazer exames preventivos, mesmo que já tenha sido vacinado.

“Mesmo com os avanços da vacinação, é fundamental manter a realização dos exames preventivos, como o Papanicolau. Isso porque a vacina não cobre todos os subtipos de HPV oncogênicos, embora proteja contra os mais perigosos. O rastreamento regular permite detectar alterações precoces nas células do colo do útero, possibilitando tratamento imediato e evitando a progressão para o câncer. A combinação entre vacinação e exames de rotina é a estratégia mais segura para erradicar, no futuro, o câncer do colo do útero como problema de saúde pública”, explicou.

 

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