Um assalto a uma residência terminou com a morte de um homem na tarde de sábado (14), por volta das 17h50, no bairro Tessele Júnior, em Lucas do Rio Verde. Conforme informações da Polícia Militar, a vítima, identificada como Rerton Goldhardt, de 60 anos, foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça e morreu ainda no local.

No momento do crime, outras quatro pessoas estavam na casa: duas mulheres, de 49 e 50 anos, um jovem de 20 e uma criança de 11 anos. Nenhuma delas foi ferida por tiros, mas todas ficaram em estado de choque. O filho da vítima, de 20 anos, sofreu golpes com a coronha da arma ao tentar reagir, teve duas lesões e foi levado ao Pronto Atendimento por vizinhos.

Segundo o depoimento da esposa de Rerton, ela lavava o carro em frente à residência quando dois homens, em uma motocicleta Biz, se aproximaram. Ambos vestiam roupas semelhantes às de operários e anunciaram o assalto, armados com revólveres. Eles obrigaram a mulher a entrar na casa, onde renderam os demais familiares.

Durante a ação, os criminosos exigiam dinheiro e armas. As vítimas afirmaram que não havia armas de fogo no local, apenas uma carabina de pressão modificada para disparar munição calibre .22. Os assaltantes levaram aproximadamente R$ 5 mil em dinheiro e joias, como correntes, pulseiras e brincos. Em seguida, trancaram as duas mulheres e a criança em um dos quartos e permaneceram com os dois homens na cozinha.

Nesse momento, o jovem tentou desarmar um dos suspeitos, e o comparsa reagiu atirando várias vezes, atingindo Rerton na cabeça. Logo após, os criminosos fugiram do local utilizando a motocicleta, tomando rumo ignorado.

A esposa da vítima relatou ainda que Rerton vinha enfrentando conflitos com uma ex-inquilina que se recusava a pagar o aluguel e chegou a ameaçá-lo de morte após ele ganhar a causa na Justiça. Na manhã do mesmo sábado, ele foi até o imóvel alugado e o encontrou vazio, depois de arrombar a porta.

A Polícia Militar apreendeu a carabina de pressão e 57 munições calibre .22 encontradas na residência e as encaminhou à delegacia. A Polícia Civil vai investigar o caso como latrocínio, mas não descarta outras possíveis motivações.