Informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam que a adolescente de 15 anos, moradora de Água Boa, que foi apreendida por ter envolvimento na morte de Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, Inaila Teixeira, de 37, e o filho caçula deles, de apenas 3 anos, no Rio de Janeiro, deu um ultimato no companheiro para que se encontrassem pessoalmente. O menor pretendia vender os bens da família após o crime para viajar até Mato Grosso.
Policiais civis da 143ª DP de Itaperuna, no Rio de Janeiro, apreenderam o adolescente, de 14 anos, por assassinar os pais e o irmão enquanto dormiam, por não conseguir se encontrar com a menor de 15 anos com quem ele mantinha um relacionamento virtual. De acordo com os agentes, o crime ocorreu no dia 21 de junho, quando o adolescente, ao ser contrariado sobre ir a um encontro em outro estado, pegou a arma do pai e atirou contra as vítimas.
Ele ainda jogou os corpos dentro da cisterna da casa para ocultar os cadáveres. Durante depoimento, em Mato Grosso, a adolescente afirmou que tinha conhecimento sobre o crime. Ela relatou que conhecia o rapaz há quase seis anos por meio de uma plataforma de jogos online. O delegado Carlos Augusto, responsável pela investigação no Rio de Janeiro, explicou que o crime foi inspirado no jogo The Coffin of Andy and Leyley.
Disse ainda que a menor deu um ultimato no companheiro e ameaçou romper o relacionamento caso não se encontrassem pessoalmente. Além disso, ela também reclamava da demora dele em respondê-la.
“A adolescente sugere que o outro adolescente demonstrasse ser homem para vê-la pessoalmente. O relacionamento começou a ficar mais sério no último ano, mas a distância era um fator impeditivo para eles se verem. Os pais proibiam o contato entre eles. Houve também um ultimato acerca do término do relacionamento caso não se encontrassem pessoalmente. Ultimato dado pela própria adolescente”, disse o delegado.
A investigação apontou ainda que o adolescente pretendia pegar cerca de R$ 33 mil do FGTS do pai dele e tinha o intuito de vender o carro e a casa da família por R$ 60 mil e R$ 300 mil, respectivamente. Eles planejavam matar a avó do adolescente, mas tal objetivo foi abortado. Os diálogos entre o casal apontaram que os dois tinham intenção de matar a mãe da adolescente em Mato Grosso, caso ele conseguisse vir conhecê-la. Ao ser comunicada sobre a possível participação da filha, a mãe da adolescente de Mato Grosso não acreditou na Polícia Civil, afirmando que ela é uma menina exemplar, que só tira notas boas na escola e a acompanha em tudo.