LULA/BOLSONARO

Uma eleição sem conversa fiada

 

Nessa eleição para presidente, ninguém precisa se sentir enganado com promessas, que como sabemos, nem sempre são cumpridas.

Sim. Desde o caçador de marajás que a sedução das promessas de campanha não se fará decisiva em um pleito ao cargo máximo de um dos poderes da democracia brasileira, a presidência da república.

Alguém pode citar Fernando Henrique que como ministro da fazenda do governo Itamar Franco implantou o plano real e teve uma eleição tranquila, mas é necessário entender o momento do país à época.

A inflação descontrolada com todos os seus males, era o inimigo a ser abatido. E isso aconteceu sem promessas. O mandato tampão de Itamar Franco após o processo de cassação e renúncia de Fernando Collor de Melo, trouxe a possibilidade de alçar um sociólogo para comandar uma equipe econômica que apresentaria o plano real.

Muitos se lembram da inflação, mas não de onde ela veio. Dos governos militares que endividaram o país e abandonaram qualquer política que desse a oportunidade a um civil de apresentar um bom resultado frente aos desafios.

Elevado à condição de “quase” herói, e com poucas promessas, basicamente recuperar a economia e combater o desemprego, lhe fizeram presidente no primeiro turno daquelas eleições.

Mas agora, pela primeira vez, consolidando-se o panorama atual, teremos Lula e Bolsonaro no segundo turno e uma situação ainda não experimentada.

Claro que precisamos retirar dessa contagem quem tem adoração por um ou outro. A esses interessa mais o conflito  do que o país e seu destino nos próximos quatro anos.

Mesmo que as duas pré-candidaturas seja retiradas eles continuarão a se engalfinhar trocando acusações, insultos e brados. É um terreno infértil para qualquer julgamento isento.

Quando falo em uma eleição onde as promessas não terão papel de destaque, é porque a imensa maioria dos eleitores viveram os governos dos dois, Lula e Bolsonaro.

E nesse caso, para quem não tem ídolo na política, fica fácil decidir em quem votar.

Como foram para você os dois governos? Em qual período você teve mais e melhores oportunidades de viver melhor? A capacidade de cada um já foi provada. Pronto.

Não é necessário ouvir a ladainha de toda a eleição, nem perder tempo com desequilibrados seja de qual matiz for.

Mas, como somos brasileiros…