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Os problemas jurídicos nas separações civis

Foto: Reprodução/Instagram Pessoal

De um ano para cá, a gente vem sendo surpreendido por uma série de divórcios e separações bastante conturbadas. Na realidade, muitas questões são levantadas nessas separações, como, por exemplo, guarda dos filhos, divisão do patrimônio, acusações de traição. Muitas são as alegações.

Dessa maneira, é importante fazermos um esclarecimento jurídico das principais questões. A primeira questão é em relação à guarda dos filhos. A justiça tem adotado como um critério padrão a guarda compartilhada das crianças. Isso porque entende-se que a princípio, para uma criança, a melhor coisa é continuar tendo a companhia de ambos os responsáveis, igualmente.

Em alguns casos, a guarda se torna unilateral, ou seja, vai para um lado ou vai para o outro. Aí, ou a depender de um acordo entre as partes, ou mesmo quando não há acordo, o juiz, após ouvir assistente social, em alguns casos a própria criança, acaba definindo quem fica com a guarda do filho ou da filha. De se ressaltar que mesmo alguém ficando com a guarda, o outro responsável tem direito de visitar regularmente os filhos, estabelecido com uma frequência, com dia e hora certos.

Em relação aos alimentos, é devida pensão para os filhos. A pensão decorre de um binômio que a gente chama de necessidade de quem está requerendo e possibilidade de quem está fornecendo. No caso de uma criança, como o sustento é uma corresponsabilidade dos pais, de ambos, aquele que não ficar com a criança deverá pagar pensão. Essa renda muitas vezes é fixada de comum acordo entre as partes, ou por decisão do juiz – na maioria dos casos, se define por um 1/3 do salário líquido, se a pessoa for assalariada, obviamente.

Já a alienação parental acontece quando os tutores falam mal um do outro, ou seja, quando fazem a cabeça da criança, falam insistentemente contra o outro responsável e, com isso, criam alguma resistência da criança ao convívio com a outra pessoa. É uma questão difícil, pois não se sabe até que ponto o que a criança sente é devido à influência de uma das partes ou resistência, um trauma.  Debate-se, inclusive, se essa lei deve ou não permanecer acontecendo.

Por conta do caso vivido pela apresentadora e ex-modelo Ana Hickmann (junto ao ex-marido, o empresário Alexandre Corrêa) veio à tona a questão que diz respeito a Lei Maria da Penha, que prevê que a violência contra a mulher pode ser uma violência física, como se acusa que aconteceu neste caso, por meio de uma agressão, mas ela pode ser também uma violência psicológica, proveniente de relacionamento tóxico, ameaças, intimidações ao longo dos anos, ou ainda violência financeira, por meio de possíveis fraudes que teriam acontecido neste período.