A cada dia vemos mais distantes os grandes oradores, os estadistas e o garbo parlamentar vai se “marmotizando”.
Pronunciamentos chulos em nossos parlamentos, palavras de calão e ofensas pessoais ditas sem cerimonia, sendo aceitos pela sociedade sem qualquer questionamento, sem deixar de observar que o recém-descrito é até elogiado por muitos.
Os mais novos que pesquisem, houve tempo em que os políticos que tinham palavra eram distinguidos dos demais.
Para se tomar posição tinha-se o bom hábito de refletir mais sobre o assunto, estudar o que se pretendia defender. Uma vez decidido, nem a derrota certa era grande o suficiente para uma mudança de comportamento.
Longe de afirmar que esse período era uma completa maravilha, e ciente que esse passado nos trouxe ao que temos hoje, confesso que me incomoda a facilidade com que se muda de posição, principalmente quando está claro que a mudança foi em beneficio próprio.
Me incomoda mais ainda a falta de questionamento sobre a repentina mudança e principalmente os que apoiam tal mudança.
”X” não tem credibilidade, desculpe não vi que faltava uma perninha, não é “X” é “Y” e nós apoiamos “Y”, e todos vendo o “X” gritam, viva o “Y” e seguem festejando atrás do X que agora é Y.
Enfim melhor se acostumar com isso, pois a prática é generalizada, de credibilidade de concurso passando por dono de partido até a urna.