A exportação brasileira de carne bovina atingiu um novo recorde em setembro de 2024, com o embarque de 286.750 toneladas, o que corresponde a um aumento de 7,12% em relação ao recorde anterior, registrado em julho deste ano, e 15,6% maior ante o mês de agosto de 2024. A receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão, representando a terceira maior da história das exportações do setor e 17,4% superior ao mês anterior, ficando atrás apenas de agosto e setembro de 2022, quando os preços médios da carne, influenciados pela pandemia, atingiram picos de US$ 5,9 mil e US$ 5,7 mil a tonelada, respectivamente.
Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações brasileiras somam 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, com um faturamento de US$ 9,16 bilhões. Na comparação com os primeiros nove meses de 2023, os embarques aumentaram 28,3%, enquanto o faturamento cresceu 20%.
A China, que respondeu por 44,5% das exportações brasileiras de carne bovina no acumulado do ano, aumentou suas compras em 10%. Contudo, o faturamento recuou 0,9%, reflexo de ajustes nos preços médios. Já os Estados Unidos apresentaram um crescimento expressivo de 58% no volume de importações e de 48,7% na receita, totalizando 147 mil toneladas e US$ 867,4 milhões em faturamento.
“Os números de setembro mostram que o Brasil está não apenas consolidado como um dos maiores fornecedores globais de carne bovina, mas também está preparado para atender à crescente demanda por alimentos de alta qualidade e segurança alimentar. Nossa competitividade vem do investimento contínuo em tecnologia, rastreabilidade e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia produtiva”, concluiu Camardelli.