As exportações de soja e milho do Brasil vão ficar abaixo das expectativas em 2024, de acordo com a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), que revisou nesta quinta-feira (7) suas projeções.
Agora a Anec estima as exportações de soja do Brasil, principal exportador global, em 98 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas abaixo da expectativa prévia. No caso do milho, as exportações são projetadas em 39,5 milhões de toneladas, versus 41 milhões de toneladas na projeção anterior.
A redução das estimativas acontece em momento em que os Estados Unidos, concorrentes do Brasil, estão terminando de colher uma safra recorde de soja e outra grande de milho, em meio a um movimento de aceleração de embarques norte-americanos da oleaginosa antes mesmo da eleição de Donald Trump, diante de temores de uma guerra comercial com a China, principal importador.
Ambos os volumes previstos pela Anec para o ano serão inferiores aos recordes registrados em 2023, de 101,3 milhões de toneladas para soja e 55,56 milhões de toneladas para o milho.
No ano passado, o Brasil colheu safras recordes, ganhando momentaneamente o posto de maior exportador de milho, enquanto em 2024 a seca na região central do país e enchentes no Rio Grande do Sul limitaram os volumes.
“As exportações de soja desaceleram num passo maior e, como consequência, o volume anual estimado para 2024 foi revisado para 98 milhões de toneladas. Considerando a previsão para novembro, 96 milhões de toneladas serão exportadas até esse mês, restando aproximadamente 2 milhões de toneladas para serem exportadas em dezembro…”, afirmou a Anec.