A utilização de bioinsumos na agricultura brasileira registrou crescimento de 13% na safra 2024/2025, alcançando 156 milhões de hectares tratados, à medida que produtores buscam adotar práticas da agricultura regenerativa e de menor impacto ambiental, relatou nesta terça-feira um levantamento da Blink/CropLife Brasil.
A taxa média de adoção de bioinsumos no país subiu de 23% para 26% da área plantada nacional, divulgou a CropLife, associação que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas, biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicos.
A estimativa de área tratada considera aplicações de produtos como biofungicidas, bioinseticidas, bionematicidas, bioinoculantes e solubilizadores de nutrientes, muitas vezes realizadas em uma mesma lavoura em momentos diferentes durante a safra.
O setor mantém um ritmo de crescimento acelerado, com uma média de 22% ao ano nos últimos três anos, desempenho quatro vezes superior à média global, observou a CropLife.
De acordo com o levantamento, a soja, principal produto agrícola brasileiro em receitas e volumes, também é cultura com maior uso de bioinsumos, com 62%; seguida do milho (23%), cana-de-açúcar (10%), algodão, café e citrus (6%).
O que são bioinsumos?
Os bioinsumos são produtos agrícolas utilizados como agentes de controle biológico (de pragas, doenças e plantas daninhas), fertilizantes, promotores de crescimento de plantas, mitigadores de estresses abióticos e bióticos e substitutivos de antibióticos. São elaborados com enzimas, microrganismos, extratos de plantas ou de microrganismos, macrorganismos invertebrados, metabólitos secundários e feromônios.
De forma geral, os bioinsumos promovem a regeneração do solo, promovendo maior equilíbrio de microrganismos benéficos que favorecem as plantas, além de deixarem menor espaço para o desenvolvimento de patógenos de plantas. Além disso, reduzem a dependência de fertilizantes importados.