Organizar as finanças é uma das promessas de ano novo mais frequentes. A percepção é que ela não passa de uma promessa, algo confirmado por uma pesquisa da Serasa. Um levantamento realizado em junho ouviu 1.015 brasileiros de diversas idades e que moram em várias regiões do país.
As conclusões são de que apenas 4 em cada 10 entrevistados seguem os planos financeiros definidos no início de 2025 e que 49% da população gastou mais no primeiro semestre deste ano do que em 2024. Esse dado reflete a dificuldade de manter o planejamento financeiro no dia a dia.
Metas não saem do papel
Entre os objetivos financeiros mais citados no início de 2025, o compromisso de pagar todas as contas em dia foi considerado prioridade para 49% dos brasileiros. Outros 38% se comprometeram a fazer um controle mais rigoroso do orçamento mensal, enquanto 29% disseram pretender economizar uma parcela do salário todos os meses. Investir uma parte da renda mensal foi meta para 21% dos entrevistados, e 19% tinham como propósito limitar melhor os gastos com lazer.
Passados seis meses, os obstáculos para cumprir essas metas ficaram evidentes. O principal fator de frustração foi o aumento do custo de vida, citado por 29% dos participantes. Em segundo lugar, 21% mencionaram o acúmulo de dívidas com cartão de crédito e empréstimos como principal entrave para alcançar seus objetivos. Gastos imprevistos com saúde apareceram como a terceira causa mais mencionada, afetando o orçamento de 13% dos entrevistados.
A conjunção desses fatores reforça uma tendência já observada em outros anos: mesmo com boa intenção e planejamento inicial, a instabilidade financeira e a ausência de acompanhamento frequente dificultam a execução de metas no médio prazo.