PREJUÍZOS

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), tem como prioridades a regulamentação da reforma tributária e a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5.000. No entanto, ele acredita que todos devem contribuir, mesmo que com uma alíquota mínima, para que haja a consciência de que todos financiam o Estado.

Ele prevê que a isenção trará renúncia fiscal, cujo custo deve recair sobre empresas tributadas pelo regime de Lucro Real (com faturamento acima de R$ 78 milhões anuais), por meio do aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e da taxação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP). Maia alerta que setores influentes, como o agronegócio e o imobiliário, podem evitar a tributação, o que levaria a uma concentração da carga tributária sobre grandes empresas e instituições financeiras.

“As pessoas podem defender que os com menor renda paguem pouco imposto, com definição de alíquotas maiores para quem ganha mais. Além da alíquota de 27,5%, criar uma de 34% para quem tem maior renda. Tudo isso é justo e possível”, afirma. “Mas não acho justo que a alíquota tem que ser zerada para quem ganha menos. Pode ser [uma alíquota] de R$ 10, mas a questão de a pessoa saber que todos financiamos o Estado brasileiro é importante.”

 

 

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