A exportação de carne bovina do Brasil em 2025 deve crescer 12% em volume em relação a 2024, disse nesta terça-feira (9) o presidente da associação do setor Abiec, Roberto Perosa, em uma coletiva de imprensa.
A perspectiva é positiva para exportadores como JBS, Marfrig e Minerva, apesar da imposição de uma tarifa de 50% para vender carne bovina aos Estados Unidos, que entrou em vigor em 6 de agosto.
No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos foram o segundo maior destino das exportações brasileiras de carne bovina, com 181.477 toneladas embarcadas, o equivalente a 12,3% do total exportado pelo país, segundo dados da Abiec.
Em agosto, o país vendeu entre 9.000 e 10.000 toneladas para os EUA, disse Perosa, acrescentando que o efeito total das tarifas será mais bem avaliado em setembro.
Ele disse ter conhecimento de que o governo brasileiro continua tentando negociar a questão das tarifas com os EUA.
Enquanto as negociações com os EUA se arrastam, Perosa afirmou que os exportadores brasileiros estão interessados em ampliar sua fatia no mercado focando países da Ásia e África, onde as populações crescem mais rapidamente do que no ocidente.
O Brasil, o maior exportador global de carne bovina, está atualmente em negociações para vender carne bovina em mercados como Japão e Turquia.
No ano passado, o Brasil vendeu 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para cerca de 150 países, totalizando US$ 12,9 bilhões (R$ 70,1 bilhões na cotação atual).
Neste ano, a Abiec projeta um aumento de 14% no valor das exportações brasileiras de carne bovina.