A exportação de soja do Brasil deverá somar 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro, superando os volumes registrados ao longo do ano completo de 2024 e 2023, quando o país marcou seu recorde anual, em meio a elevadas compras da China, apontou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Em todo o ano passado, quando a safra de soja quebrou por problemas climáticos, as exportações brasileiras atingiram 97,3 milhões de toneladas. O recorde anterior de embarques da oleaginosa do Brasil, maior produtor e exportador global, havia sido registrado em 2023, com 101,3 milhões de toneladas, segundo a Anec.
Além de ter colhido uma safra recorde de soja este ano, acima de 170 milhões de toneladas, o Brasil contou com uma demanda adicional da China, que não tem negociado com os Estados Unidos por conta da “guerra” tarifária. Os EUA são rivais dos brasileiros no mercado da oleaginosa.
“A China continua sendo o principal destino e impulsiona os embarques brasileiros: em setembro, importou 6,5 milhões de toneladas, o que representa 93% do total, mantendo uma participação historicamente elevada…”, disse a Anec.
Fiando-se principalmente no Brasil para garantir a oferta, na média de 2025 a China registrou uma participação de 79,9% nas exportações totais de soja do Brasil, ante uma média de 2021 a 2024 de 74%, segundo dados da Anec. Em 2024, a fatia chinesa foi de 76%.