DÓLAR EM ALTA?

Como a tarifa de 50% de Trump deve impactar moeda no Brasil

Após um primeiro semestre de queda, divisa americana registra força em meio ao foco maior de Trump ao Brasil e pressão deve continuar

Após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros nesta quarta (9), pelo presidente Donald Trump, o mercado acompanha de perto a reação da cotação do dólar perante o real. Como esperado, a moeda americana sobe, mas ainda está abaixo da cotação além de R$ 5,60 da abertura: o dólar fechou esta quinta com ganhos de 0,72%, a R$ 5,542.

A movimentação é contrária da observada nas últimas semanas, quando a moeda atingiu patamares mais baixos de mais de um ano. No primeiro semestre, a divisa americana caiu 12% ante o real, mas já avança 1,3% em julho.

Com as incertezas mais elevadas, a tendência de médio prazo para a moeda pode se reverter, segundo afirma José Faria Junior, sócio e diretor da Wagner Investimentos, de baixa para alta. “O que teremos nos próximos dias é grande aumento de incerteza, já que dependerá de como a situação será tratada”, diz.

Faria comenta que há alguns marcos a serem observados: se o dólar romper a máxima de ontem, há recomendação de aguardar para a venda, em especial para exportadores, porque haveria possibilidade de depreciação do real em direção a dólar a R$ 5,70.

“Muda totalmente o cenário para o dólar. É bem provável que nós vamos ver agora o dólar novamente mais estressado, em patamares maiores”, considera Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos CEA. Coelho afirma que, considerando a importância que exportações para o EUA tem para produtores brasileiros, é possível que seja feita pressão para que governo negocie e converse com o governo americano. Mesmo assim, há dúvidas do quão efetivo isso poderia ser.

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