PARA 2025

Abiove mantém recorde nas exportações de soja do Brasil

Reuters

Com a colheita de uma safra recorde de soja em estágio avançado no Brasil, a expectativa se mantém de que os volumes exportados sejam recordes com folga em 2025, mas as receitas geradas com os principais produtos terão uma mínima em quatro anos, por conta de preços mais baixos, estimou nesta quarta-feira (19) a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A Abiove, que representa tradings e indústrias, revisou nesta quarta-feira sua previsão da receitas com as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) para US$51,57 bilhões de dólares, queda de 3% em relação à projeção do mês anterior e redução de mais de US$2 bilhões ante 2024.

O montante será o menor volume desde o registrado em 2021 (US$48 bilhões), com as cotações globais pressionadas por grandes safras no Brasil e outras nações, o que trazem expectativa de estoques finais globais em volumes recordes em 2024/25, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Além disso, a guerra comercial EUA-China é recorrente fator de pressão para a bolsa referencial de Chicago, já que limita a demanda pelo oleaginosa norte-americana.

As exportações de soja do Brasil em 2025, segundo a Abiove, deverão atingir recorde de 106,1 milhões de toneladas, estáveis na comparação com a previsão do mês passado, mas uma alta de mais de 7% ante 2024, superando a máxima histórica vista em 2023 (101,86 milhões de toneladas).

O país é o maior produtor e exportador global de soja, que nos últimos anos foi o principal produto da exportação do Brasil, com exceção de 2024, quando o petróleo tomou o posto da oleaginosa em grão na liderança das receitas exportadores do país.

Para 2025, a Abiove também projeta um processamento recorde de soja do Brasil, estimado em 57,5 milhões de toneladas, o que deverá gerar mais produção de farelo e óleo, contra 55,8 milhões de toneladas em 2024.

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