OPINIÃO

Voltando ao começo

Com quase 600 mil mortos no país e próximo de 13.500 no estado a pandemia de covid 19 arrefece em seus números.

Nas últimas 24 horas foram registradas cinco mortes no estado, por muito tempo ficou ao redor de 50 com picos de 70 vidas perdidas em um dia.

Sublinhando que não estamos livres da doença e que a instabilidade faz parte do comportamento de doenças contagiosas, voltamos a patamares numéricos iniciais da pandemia. Lembrando o filósofo chamado de “pai da Dialética”, Heráclito de Éfeso em seu pensamento que “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem”, como retornamos da batalha de uma guerra infinda? Após um ano e meio de convivência com a novidade que paralisou o mundo, quem somos agora?

Individualmente, claro, depende de como a doença atingiu cada um. Mas no coletivo, que pensamentos e, principalmente, que comportamentos serão incorporados ao nosso dia a dia?

Presidente, ministros, agentes públicos enrolados com bastidores revelados, ainda trarão mais politização ao problema sanitário, afinal as justificativas apresentadas aos tribunais são avaliadas de maneira diferente que as lançadas ao público. Mas isso também muda e passa.

Será que o caminho percorrido vai nos ajudar a além de admirar resultados conseguidos por outros povos também a querer imitar o esforço feito para que o objetivo fosse alcançado?

Vai nos fazer procurar emprego não pelo salário oferecido, mas pela capacidade que apresentamos em desempenhar a atividade?

E até onde vamos pôr acima dos cuidados com nossa saúde, nossas preferências pessoais?
O vírus político existe, mas é muito anterior ao covid.

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