O posto de presidente da Assembleia Legislativa reservou mais um capitulo para esse biênio. A decisão em liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, em caráter monocrático, Alexandre de Moraes pode ser derrubada pelo pleno do tribunal.
Recordando: Eduardo Botelho foi eleito presidente para dois biênios dentro do mesmo mandato apoiado pela constituição estadual. Ocorre que a constituição federal veda essa prática, tanto que Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, ex-presidentes do senado e câmara federal respectivamente, não conseguiram tentativa para reeleição. Essa interpretação foi acolhida por Moraes, mas Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, apesar de concordarem com a soberania da constituição federal ante as estaduais, entendem que o impedimento somente pode ser aplicado no próximo pleito, ou seja, Eduardo Botelho voltaria a presidência da Assembleia Legislativa e a eleição de Max Russi seria anulada.
Mas o que chama a atenção e a passividade dos envolvidos. Parece até que o comando do poder legislativo mato-grossense é escolha para rei de festa de santo, sempre um conformismo pleno com o resultado.
Botelho disse que aceita o cargo novamente e Russi disse que decisão da ajustiça é para ser cumprida.
Cadê os confinamentos em hotéis, fazendas e resorts de outrora? As declarações de apoio retiradas de ultima hora? Esperneio dos preteridos? Confraternização de traidores e traídos ao final do processo eletivo?
Não que isso faça falta. Não que não exista um mapa de interesses a ser seguido. Não que faltem reuniões tensas para se chegar ao consenso.
Mas a maturidade demonstrada, pelo menos ao público é, no mínimo, elogiável.
Mesmo sendo somente uma troca de rótulo de um mesmo produto, parabéns aos envolvidos pela postura apresentada. Exemplo raro atualmente.